segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Davos: líderes pedem solução dos problemas da zona do euro


28 de janeiro de 2012 • 14h53 • atualizado às 15h13

Líderes políticos e econômicos reunidos em Davos (Suíça) pedem aos países da zona do euro que solucionem seus problemas antes de se comprometerem em dar mais dinheiro ao resgate de nações com dificuldades de financiamento. Na reta final do Fórum Econômico Mundial, que se encerra neste domingo, ficou claro que a zona do euro é a grande preocupação das demais economias do mundo - como os Estados Unidos, o Japão e as emergentes -, que consideram que a Europa ainda não fez o suficiente para solucionar seus problemas. O restante do mundo olha com preocupação para a zona do euro pelos efeitos que a crise do endividamento possa ter nas outras economias.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou neste sábado que "nenhum país está imune na situação atual" e que o momento é de atuar. Lagarde instou aos países-membros da entidade financeira multilateral a "demonstrar apoio" e contribuir para uma solução, incluindo ampliação da contribuição econômica à crise de dívida que aflige a zona do euro.

"Estou aqui, como minha pequena bolsa, para arrecadar algum dinheiro", disse Lagarde em sua participação no debate sobre as perspectivas econômicas globais para 2012. Até agora os Estados Unidos e o Reino Unido se mostraram reticentes em ampliar os recursos do FMI, para os quais a zona do euro já forneceu mais de 150 bilhões de euros. Neste sábado, o ministro de Economia britânico, George Osborne, declarou em Davos que a zona do euro "deve mostrar a cor de seu dinheiro" antes que o Reino Unido se comprometa depositando mais recursos.

Osborne demonstrou disposição do Reino Unido em contribuir mais para o resgate global para a zona do euro através do FMI, mas garantiu que não colocará à disposição o dinheiro dos contribuintes britânicos até que os países da moeda única façam mais para solucionar seus problemas. Diante disso, ele insistiu com os dirigentes da zona do euro que ampliem o fundo de resgate permanente dos países com dificuldades de financiamento.

O FMI destacou que a zona do euro deve enfrentar o crescimento e a geração de emprego, além de consolidar sua situação fiscal e garantir a liquidez. O ministro de Economia japonês, Motohisa Furukawa, afirmou a disposição do Japão - que já comprou 16% dos bônus do fundo de resgate temporário - de apoiar as ações europeias e advertiu sobre os efeitos negativos que a crise de endividamento soberano da zona do euro tem na Ásia. Neste sábado, o presidente do Banco Mundial, Robert Zöllick, declarou em Davos que as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) servem para ganhar tempo, mas que "é preciso atuar". Zöllick considerou que é importante que os Governos da zona do euro façam reformas estruturais. No entanto, os EUA e o Japão têm déficits fiscais e endividamentos superiores aos da zona do euro por isso que terão de ajustá-los no médio prazo, ressaltou Lagarde.

O chefe executivo de Hong Kong, Donald Tsang, arrancou aplausos dos participantes do debate quando exigiu dos países europeus atuarem com determinação e sugeriu seguirem os passos da Ásia após a crise financeira asiática de 1998. Nesse episódio os bancos foram recuperados para evitar a falta de pagamento. Osborne insistiu que a resolução da situação da Grécia é fundamental para a zona do euro.

Fonte: http://invertia.terra.com.br/forum-economico-mundial/2012/noticias/0,,OI5582454-EI19634,00-Davos+lideres+pedem+solucao+dos+problemas+da+zona+do+euro.html
Acessada dia 28 de janeiro de 2012


Negócios online combatem a crise



24/01 20:35 CET

Em tempos de crise profunda, a Comissão Europeia quer ajudar quem aposta no comércio eletrónico e nos negócios online como forma de crescer. Sobretudo porque os últimos estudos revelam que a economia da Internet cria 2,6 postos de trabalho por cada posto de trabalho que desaparece por causa da eficiência da rede.

O Comissário Antonio Tajani acredita que

“Se nós queremos ganhar a batalha contra a crise, é claro que temos que combater as dívidas públicas, mas ao mesmo tempo, é necessário empenharmo-nos no crescimento. Mas para a competitividade das empresas é fundamental mudar. E no centro da mudança está a tecnologia.”

Estas declarações foram feitas durante a conferência “The Single Market Oportunity 2012”, em Bruxelas, onde estiveram presentes representantes de Pequenas e Médias Empresas da Europa que viram na Internet grandes oportunidades de negócio. A gigante Google garante que está a trabalhar com milhões destes novos empresários.

Matt Brittin, vice-presidente da Google para o norte e centro da Europa explica que “temos visto que os pequenos negócios estão a aproveitar as grandes vantagens da Web. E fizemos alguns estudos económicos que mostram que a economia da internet, na Europa, já representa entre 3% e 7% do PIB, dependendo de cada país, e já está a criar milhões de empregos.”

A representar Portugal esteve em Bruxelas a Amen, empresa que gere domínios na Internet e dá apoio a empresas que querem ter sitios na rede. Nuno Matias lembra que “nós temos neste momento mais de 30 mil clientes, temos tido um crescimento bastante elevado: de 2010 para 2011 tivemos um crescimento de 30 por cento, em número de clientes. A faturação cresceu 6% por cento. É um segmento de mercado que tem muito para crescer.”

Fonte: http://pt.euronews.net/2012/01/24/negocios-online-combatem-a-crise/
Acessada dia 28 de janeiro de 2012

RESENHA:

                                         Crises européias a as economias mundiais

A crise na zona do euro tem sido um assunto controverso atualmente, em que, o avanço da crise está afetando a União Européia, e agora, começa a refletir em outras economias mundiais.

A crise na Zona do Euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais; países como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha são os que se encontra em posição mais delicada dentro da zona do euro, pois foram os que atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente. A crise da Zona do Euro está arrastando os países da União Européia e outras economias mundiais para uma crise econômica mundial.

No dia 28 de janeiro de 2012, líderes políticos e econômicos reunidos em Davos (Suíça) pediram aos países da zona do euro que solucionem seus problemas antes de se comprometerem em dar mais dinheiro ao resgate de nações com dificuldades de financiamento. Na reta final do Fórum Econômico Mundial, que se encerra no dia 29 de janeiro de 2012, ficou claro que a zona do euro é a grande preocupação das demais economias do mundo - como os Estados Unidos, o Japão e as emergentes -, que consideram que a Europa ainda não fez o suficiente para solucionar seus problemas. O restante do mundo olha com preocupação para a zona do euro pelos efeitos que a crise do endividamento possa ter nas outras economias.

No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Européia, causada pela crise da zona do euro e pela falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. Com a crise do bloco e na zona do euro, problemas sócio-econômicos começam a atingir os países da União Européia, tais como: a fuga de capitais de investidores; a escassez de crédito; o aumento do desemprego; o descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise; a diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise; a queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Européia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco; etc...

Um outro problema agravante da crise da União Européia é a contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Européia, inclusive o Brasil. Os abalos na economia da Europa são má notícia para o turismo no Rio de Janeiro, particularmente no carnaval, quando os europeus costumam ser metade dos visitantes estrangeiros na cidade. Uma pesquisa feita em 2010 pelo professor Bayard Boiteux, do Instituto de Pesquisas e estudos do Turismo da UniverCidade, indicou que, naquele ano, 52% dos estrangeiros na cidade vinham da Europa, com destaque para franceses (17%), alemães (14%) e italianos (11%). Dos Estados Unidos vinham 21% dos foliões estrangeiros. Os hotéis da cidade são a forma de hospedagem de 70% deles. Os demais optam por apartamentos de temporada (16%), casas de amigos (8%) e hospedagem domiciliar (6%). Agora com a crise, não chega a 60% a taxa de ocupação dos hotéis cinco estrelas para a temporada na cidade.

Contudo, a Comissão Européia para combater a “raíz” do problema, a crise na Zona do Euro, quer ajudar quem aposta no comércio eletrónico e nos negócios online como forma de crescer e combater a crise. Sobretudo porque os últimos estudos revelam que a economia da Internet cria 2,6 postos de trabalho por cada posto de trabalho que desaparece por causa da eficiência da rede. Matt Brittin, vice-presidente da Google para o norte e centro da Europa explica que “temos visto que os pequenos negócios estão a aproveitar as grandes vantagens da Web. E fizemos alguns estudos económicos que mostram que a economia da internet, na Europa, já representa entre 3% e 7% do PIB, dependendo de cada país, e já está a criar milhões de empregos.”

Por: Caroline Freitas

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